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terça-feira, 13 de agosto de 2019

5 mistérios que a ciência não consegue explicar

​​Não é curioso que ao mesmo tempo em que vivemos na era tecnológica, onde temos a explicação para praticamente todos os fenômenos físicos, químicos, biológicos, astronômicos, ainda assim, ainda existem mistérios que nenhum cientista conseguiu desvendar?

E o mais interessante é que nem é preciso sair da Terra para descobrir que ainda temos muitos mistérios a ser revelados. Confira alguns deles:

1 - Chaleira do Diabo​



Localizada em Minnesota, nos Estados Unidos, essa cachoeira até serviu de inspiração para o filme "Garota Infernal" com a Megan Fox.

Esta cascata é famosa por conter um "fenômeno" que intriga alpinistas e geólogos do mundo todo, já que uma de suas duas quedas de água flui normalmente para o rio, enquanto a outra desce para um buraco profundo e desaparece. A cascata é formada pelas águas do Brule River, que, em certo ponto da extensão, divide-se em duas cachoeiras diferentes. 

Uma que alimenta o Lago Superior, também em Minnesota, e outra que ninguém descobriu ainda para onde vai. Embora as explicações sejam numerosas, não existe teoria cientificamente comprovada. O mistério aumentou desde que objetos foram atirados para dentro da cratera sem nunca serem recuperados, como um GPS, que acabou perdendo o sinal no meio do caminho.

​2 - Hessdalen Lights



​​
As luzes de Hessdalen são luzes inexplicadas observadas em um trecho de 12 km do vale de Hessdalen , no centro da Noruega​. El​a​s aparecem tanto de dia como de noite, e parecem flutuar através e acima do vale. Eles geralmente são brancos, amarelos ou vermelhos e podem aparecer acima e abaixo do horizonte. 

A duração do fenômeno pode ser de alguns segundos a mais de uma hora. Às vezes as luzes se movem com enorme velocidade; outras vezes, parecem balançar lentamente para a frente e para trás. Em outras ocasiões, eles pairam no ar.​

​Essas luzes incomuns têm sido relatadas na região desde pelo menos a década de 1930.​ Se tornou popular entre dezembro de 1981 e meados de 1984, período em que as luzes estavam sendo observadas 15-20 vezes por semana, atraindo muitos turistas durante a noite que chegaram para um avistamento. A partir de 2010, o número de observações diminuiu, com apenas 10 a 20 avistamentos feitos anualmente.

​3 - Círculo de fadas



Na Namíbia, estranhos círculos estéreis com diâmetros que variam de 2 e 15 metros de diâmetro, tem intrigado os cientistas sobre suas origens. 

Entre as várias teorias, a versão mais conhecida para explicar esse fenômeno são os cupins de areia que foram encontrados nos círculos. Porém, o alcance é muito mais amplo do que as espécies de cupins encontradas e os detalhes dos efeitos variam. Além disso, estes cupins não criam montes ou ninhos acima do solo e não deixam rastros na areia e portanto, extraordinariamente imperceptível em suas atividades.

Uma outra hipótese, foi a presença de toxinas residuais remanescentes no solo após a morte de plantas de Euphorbia damarana poderiam ser a causa dos interiores estéreis dos círculos, que por sua vez, também não foi comprovada.

4 - Rio fervente na Amazônia




​Há muitos anos, ​​Ruzo havia ouvido histórias de seu avô sobre as aventuras de conquistadores espanhóis ​em busca do ouro inca, ​​s​e dirigiram para as profundezas da floresta amazônica ​e ​se depararam com água envenenada, cobras que comiam pessoas, fome, doenças e um rio em ebulição, como se fervido por uma grande fogueira.

Até que cresceu e resolveu investigar a história e para a sua surpresa, descobriu que o tal rio em ebulição existia, em plena mata amazônica, o que até então, parecia absurdo visto que seria preciso uma tremenda quantidade de calor geotérmico para ferver até mesmo uma pequena seção de um rio – e a bacia amazônica encontra-se a centenas de quilômetros de qualquer vulcão ativo. E é isso que faz esse rio ser tão fascinante e misterioso.

Com 25 metros de largura e 6 metros de profundidade, o rio avança por 6 km em altíssimas temperaturas. Por toda a Amazônia existem fontes termais, mas nada comparado ao rio, que possui sim uma parte tão quente que chega a ferver. Mayantuyacu é visitado todos os anos por alguns turistas, que vêm experimentar as práticas medicinais tradicionais do povo Asháninka. 

5 - Estranho zumbido ao redor do mundo




​​O que essas cidades tem em comum? Taos, nos Estados Unidos, Windsor, no Canadá, Bristol, Inglaterra, Largs, na Escócia. Resposta: todas elas afirmam ouvir um zumbido inexplicável. 

O primeiro relato sobre o estranho ruído foi feito em 1990 e até hoje os cientistas não conseguem encontrar a fonte do barulho. Para alguns, o som se assemelha ao de um caminhão em movimento, à queda de um raio em um lugar distante ou ao barulho de alto-falantes durante um show de música.​ Quem o escuta passa a sofrer de dores de cabeça, insônia, náuseas, irritação e fatiga. Ou, em casos mais graves, depressão.

​Inúmeros estudos já foram realizados, mas até o momento, tudo o que se sabe, por enquanto, é que os casos de ruídos não são nenhum tipo de histeria coletiva – que é um distúrbio psicológico que afeta pessoas de um mesmo grupo – nem de um surto de hipocondria auditiva. 

O que existe, até o momento, são suposições, sendo que entre elas estão a presença de linhas de gás de alta pressão, de correntes elétricas e até mesmo de dispositivos de comunicadores sem fio.
Há, ainda, quem acredite que o zumbido possa ser resultado de radiações eletromagnéticas de baixa pressão, audíveis apenas para algumas pessoas.​​

Fonte: Wikipédia.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

10 mistérios inexplicáveis sobre as estrelas

Apesar dos grandes avanços na ciência e tecnologia, o universo está repleto de mistérios e, muitos deles, permanecem sem resposta. Conheça aqui 10 grandes mistérios não solucionados sobre estrelas.


10. A estrela que não deveria existir



Uma estrela na constelação de Leo, chamada SDSS J102915 172927, foi descoberta por uma equipe de astrônomos europeus. em 2011. A estrela é pequena, com apenas cerca de 80% do tamanho do nosso Sol, e julga-se ter aproximadamente 13 mil milhões de anos de idade.

Uma vez que o universo é pensado ter aproximadamente 13,7 mil milhões de anos, esta é uma das mais antigas estrelas conhecidas. Até aqui, nada particularmente incomum sobre esta estrela… exceto que, segundo todas as teorias, ela não deveria existir.

A estrela é composta de 99,99993% de hidrogênio e hélio, elementos que são leves demais para condensar e formar uma estrela por si só. Quando esses números são colocados em qualquer simulação computadorizada, o resultado é sempre o mesmo: a existência da estrela é “impossível”.

Os astrônomos estão intrigados sobre como uma estrela poderia ter-se formado sem a ajuda de elementos mais pesados.


9. A estrela rodeada por espirais



Localizada a 400 anos-luz da Terra, na constelação de Lupus, SAO 206462 chamou a atenção dos astrônomos em 2011. O que surpreendeu não foi a própria estrela, mas sim o que a rodeava: ela parecia ter grandes braços espirais girando em torno dela.

Espirais não são objetos estranhos para os astrônomos, sendo formações comuns em galáxias como a nossa Via Láctea. No entanto, nunca foram observadas espirais em órbita de uma estrela. A causa? Ainda é um mistério – apesar da teoria mais aceite ser a gravidade de planetas a formar espirais de poeira.


8. A estrela eternamente jovem



Messier 4 é um aglomerado globular localizado a cerca de 7.200 anos-luz de distância da Terra, com uma idade calculada em 12,2 mil milhões de anos. Atualmente, pensasse que todas as galáxias eventualmente se tornam aglomerados globulares, uma vez que todo o gás e poeira utilizados para a formação de estrelas se esgota.

Isso significa que todas as estrelas nesse aglomerado são esperadas ser muito antigas – nos estágios finais da sua vida útil. Ao olhar para as estrelas nesta galáxia em particular, em 2012, uma equipa de pesquisadores chilenos encontrou uma estrela rica em lítio.

Embora o lítio não seja um elemento raro em estrelas, é um elemento que queima normalmente nos primeiros biliões de anos do ciclo de vida. Como a maioria das estrelas sobreviventes neste aglomerado tem pelo menos 10 mil milhões de anos, encontrar uma estrela com este elemento foi impressionante.

Os cientistas pensam que a estrela pode ter encontrado uma maneira de reabastecer os seus suprimentos de lítio, que de certa forma mantém a estrela jovem. Como ela reabastece as suas fontes de lítio, no entanto, é um grande mistério.


7. As estrelas que escaparam de um buraco negro



Este mistério envolve provavelmente algumas milhões de estrelas, ao invés de apenas uma. Localizada a “apenas” 2,5 milhões de anos-luz de distância, a galáxia de Andrômeda é a galáxia espiral mais próxima da nossa. No centro desta galáxia está um buraco negro supermassivo, que funciona como um enorme aspirador de pó – tão forte que nem a luz consegue escapar dele.

Em 2005, o telescópio espacial Hubble deu um zoom no núcleo da galáxia e descobriu um disco azul em forma de panqueca rodando perigosamente ao redor do buraco negro. Outras análises mostraram que aquilo não era apenas poeira quente: o brilho vinha de milhões de jovens estrelas azuis. Essas estrelas estão girando em torno do buraco negro a mais de 2,3 milhões de quilômetros por hora. Isso é rápido o suficiente para circundar a Terra no equador em apenas 40 segundos.

O mistério sobre este disco de estrelas é que ele não deveria existir, dadas as forças que existem em torno de buracos negros. O gás do disco e as próprias estrelas deveriam ter sido dilacerados pela imensa gravidade do buraco negro. Como eles foram capazes de permanecer intactos numa órbita tão próxima permanece um mistério.


6. A estrela ambígua



Swift J1822.3-1606 é um tipo especial de estrela – conhecido como estrela de neutrões – localizada a cerca de 20.000 anos-luz de distância na constelação de Ophiuchus. Em geral, há três maneiras para uma estrela acabar a sua vida: como uma anã branca (quando ela é pequena como o nosso Sol), como uma estrela de neutrões (quando ela é pelo menos 8 vezes mais massiva que o Sol) ou como um buraco negro (quando ela é ainda maior).

Os dois últimos são formados após as maiores explosões conhecidas no universo – as supernovas. Existem dois tipos diferentes de estrelas de neutrões: um magnetar (que tem os campos magnéticos mais fortes do universo), e um pulsar, que dispara feixes de radiação eletromagnética dos seus pólos (como um farol).

Durante anos, tudo o que sabíamos sobre essas estrelas nos dizia que elas só poderiam ser de um tipo ou de outro - nunca ambos. Porém, em 2011, cientistas descobriram que a Swift tinha propriedades de ambos tipos. E eles não têm ideia de como uma estrela de neutrões pode apresentar esses dois comportamentos.


5. O planeta que deveria ter sido engolido



Wasp 18 está a 330 anos-luz de distância na constelação de Phoenix, e é cerca de 25% mais massiva do que o nosso Sol. Este mistério também não envolve exatamente a estrela, mas sim o que a orbita.

Em 2009, cientistas descobriram que Wasb 18 tinha um planeta. Apelidado de Wasp-18b, o planeta é ligeiramente maior do que Júpiter, mas tem cerca de 10 vezes a sua massa. Ele tem apenas um pouco menos a massa necessária para ser considerado uma anã marrom – que é uma proto-estrela que não tem massa suficiente para iniciar a fusão nuclear e queimar combustível como as outras estrelas fazem.

O quebra-cabeça dos astrofísicos é que o planeta orbita a estrela a menos de 2 milhões de quilômetros. Em comparação, Mercúrio (o planeta mais próximo do Sol) está a quase 36 milhões de quilômetros do Sol.

Wasp 18b está tão perto de sua estrela que ele completa a sua órbita em menos de 23 horas, e a sua temperatura superficial é de cerca de 2.200 graus Celsius. Estando tão perto, o planeta deveria, eventualmente, cair no seu sol.

Ele já sobreviveu por cerca de 680 milhões de anos, e dada a massa da estrela que orbita, este planeta deveria ter sido consumido há muito tempo. Como um planeta foi capaz de se formar e se manter num local onde os planetas eram considerados incapazes de existir? Essa é uma questão que continua a deixar os astrônomos perplexos.


4. Os planetas que sobreviveram a uma supernova



O pulsar PSR B1257+12 é um remanescente de uma explosão de supernova, portanto, os cientistas nunca esperavam encontrar planetas perto dele. Mas eles descobriram um sistema solar inteiro – três planetas e um planeta-anão a orbitando o pulsar. Pensando que mundos assim devem ser comuns, os cientistas começaram a procurar por outros planetas em pulsares.

No entanto, apenas um outro pulsar foi confirmado ter um único planeta que o orbita, mostrando que eles são de fato extremamente raros. Como a explosão da supernova não arremessou os planetas a biliões de quilômetros de distância (ou os destruiu)?


3. A estrela variante



V838 Monocerotis está localizada na constelação de Monoceros, a cerca de 20.000 anos-luz da Terra, e já foi considerada uma das maiores estrelas do universo. Em 2002, o brilho da estrela subiu de repente.

Acreditava-se que ela era uma simples nova, que é o que acontece quando o núcleo remanescente de uma estrela morta (conhecida como anã branca) suga muito gás hidrogênio de uma estrela vizinha, causando uma explosão fantástica. A estrela apagou após algumas semanas, como o esperado.

Mas menos de um mês depois, a estrela explodiu numa intensa luz novamente. Uma vez que o período de tempo entre as explosões era muito curto para ter sido causado por duas novas distintas, os astrônomos ficaram intrigados e tomaram um olhar mais atento. Foi então que eles descobriram o problema: não havia nenhuma anã branca.

A estrela tinha simplesmente explodido, por si só – e repetiu este processo de intensa variação de luminosidade várias vezes ao longo dos meses seguintes. Durante a sua erupção mais intensa, a estrela tornou-se um milhão de vezes mais brilhante que o Sol, e uma das luzes mais brilhantes do céu noturno.

Normalmente, as estrelas brilham intensamente um pouco antes de sua morte, mas as medições indicaram que a estrela tinha apenas alguns milhões de anos, uma simples criança em termos cósmicos.

Quando o Telescópio Hubble capturou uma imagem da estrela após as erupções, uma grande nuvem de gás e detritos foi vista acelerando para longe da estrela. Uma teoria é que a estrela havia colidido com algo não visto, como uma outra estrela ou planeta, mas os cientistas ainda estão intrigados com isso mesmo após 11 anos.


2. O planeta errante



CFBDSIR 2149–0403 é classificado como uma anã marrom. Esses corpos não conseguiram iniciar a fusão nuclear nos seus núcleos e, portanto, não conseguiram tornar-se estrelas reais. Embora caracterizada como uma estrela AB Doradus devido ao seu tamanho e massa, muitos outros o caracterizam como um gigante de gás.

Isso o tornaria um planeta sem uma estrela-mãe, algo que foi teorizado, mas nunca observado. Apenas quatro possíveis candidatos ao título de “planetas errantes” são conhecidos, o CFBDSIR 2149–0403 é o mais próximo da Terra, a cerca de 130 anos-luz.

Sem uma grande estrela em órbita, o seu movimento é influenciado por outras estrelas do grupo AB Doradus. Isso não quer dizer que ele viaje através do espaço sem destino, um equívoco comum sobre planetas errantes. Contudo, esse astros ainda são um grande enigma para os astrônomos.


1. O caso da poeira desaparecida



TYC 8241 2652 está localizada a 450 anos-luz de distância na constelação de Centauros. Acredita-se que ela tenha o mesmo tamanho do nosso Sol, mas é apenas uma criança, com 10 milhões de anos de idade. Como comparação, o Sol possui cerca de 4,5 mil milhões anos de idade.
De 1983 a 2008, os astrônomos analisaram um anel brilhante de poeira ao redor da estrela, visando observar o início de uma possível formação planetária, revelando novas ideias sobre a origem do nosso sistema solar.

Mas quando a estrela foi submetida a uma nova observação no início de 2009, os astrônomos ficaram surpresos: quando olharam através dos seus telescópios, eles não viram nada, a não ser a própria estrela. O disco brilhante de poeira desapareceu sem deixar rasto.

Ele não deixou para trás nenhum planeta, tampouco quaisquer sinais que indicassem para onde teria ido – ele simplesmente desapareceu. Os cientistas ficaram perplexos. Quando perguntado sobre isso, o astrônomo Carl Melis simplesmente declarou: “Nós não temos uma explicação realmente satisfatória para tratar o que aconteceu em torno desta estrela."

Fonte: Ciência-online

quarta-feira, 26 de março de 2014

10 aviões que desapareceram misteriosamente sem deixar nenhum rastro

Desaparecido desde o dia 8 de março, o voo 370 da Malaysia Airlines continua desafiando as equipes de resgate e dando asas à imaginação de toda a população mundial sobre o que aconteceu com a aeronave e porque nenhum destroço ainda foi encontrado. Ao passo que parece impossível um avião simplesmente desaparecer dos radares sem deixar nenhum rastro, o que ocorreu este ano está longe de ser um episódio inédito na história da aviação moderna.

Confira, na lista abaixo, o caso mais recente da aeronave que desapareceu na rota Kuala Lampur-Pequim, e outros aviões que nunca chegaram ao seu destino. Em todos os casos, o mistério continua.

10. O mistério do voo 370 da Malaysia Airlines continua: nenhum sinal do avião que levava 239 pessoas foi encontrado


Suicídio do piloto. Falha mecânica. Sequestro. Ato terrorista. As hipóteses sobre o que aconteceu com o avião da Malaysia Airlines continuam a se multiplicar diariamente. A aeronave desapareceu no dia 8 de março deste ano e se tornou um dos maiores mistério da história da aviação civil. Nem toda a tecnologia de hoje em dia foi suficiente para sabermos o que ocorreu com o avião.

O que conhecemos de concreto até agora é que o Boeing 777 transportava 227 passageiros e 12 tripulantes e desapareceu dos radares aproximadamente uma hora depois de decolar do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, na Malásia, com destino a Pequim, na China. O governo malaio declarou que o avião estava perdido cinco horas após decolar. O último sinal detectado da aeronave informava uma altitude de cruzeiro de 35 mil pés (normal) a cerca de 220 km a sudoeste da província mais ao sul do Vietnã. Nenhuma mensagem de socorro ou comportamento estranho da aeronave foram detectados.

Nesta segunda-feira (24), o premiê da Malásia, Najib Razak, confirmou o que os familiares das pessoas a bordo temiam: o voo 370 da Malaysia Airlines caiu no sul do Oceano Índico, a aproximadamente 2.500 km a oeste de Perth, na Austrália. Alguns detritos foram observados na área, mas ainda não foram identificados como sendo do voo 370. A região está no extremo oposto da rota original entre as capitais malaia e chinesa.

Quatro dias depois de a aeronave ter oficialmente desaparecido, as autoridades locais revelaram evidências de que o avião tinha voltado para o Estreito de Malaca e estava, portanto, no lado oposto da Península Malaia, onde deveria estar.

Os investigadores sabem que o Boeing 777 mudou drasticamente de altitude, chegando primeiramente a 45 mil pés e, em seguida, caindo para cerca de 23 mil pés, e que a aeronave pode ter voado durante até seis horas após a última mensagem oficial recebida. Com essas informações, as equipes de investigação acreditam que a hipótese de falha catastrófica é um cenário altamente improvável e que a mudança de direção do avião foi intencional.

Até o momento, foram montadas operações de busca com a ajuda de 26 países, enquanto satélites de 15 deles já foram utilizados na tentativa de encontrar destroços da aeronave. Mas o mistério permanece. Ainda não há vestígio da aeronave ou qualquer explicação concreta para a causa de seu desaparecimento. Não sabemos por que o avião mudou de rota, por que o sistema de comunicação foi desligado ou por que a aeronave continuou voando por diversas horas após sumir dos radares.

As pessoas que estavam no voo também foram alvo de investigações intensas, principalmente o piloto e o copiloto. Entretanto, não houve descobertas significativas. Foi descartada a hipótese de que os comandantes tramavam algum plano juntos. Descobriu-se que dois passageiros iranianos viajavam com passaportes europeus falsos, mas não se tratava de nada além disso.

9. Com 58 pessoas a bordo, avião DC-4 se perde nas águas do Lago Michigan, no nordeste dos Estados Unidos


Em junho de 1950, 58 pessoas perderam suas vidas quando o voo 2501, da companhia aérea norte-americana Northwest Airlines, desapareceu nas águas do Lago Michigan, na região nordeste dos Estados Unidos. A aeronave fazia a rota entre a cidade de Nova York e o estado de Minnesota.

O Lago Michigan é o maior lago de água doce dos Estados Unidos e o quinto maior do mundo. Sua área, 57.750 km², é um pouco maior do que o estado inteiro da Paraíba. Sua grande extensão pode ter contribuído para o fracasso nas tentativas de busca.

Diversos barcos e aviões vasculharam o lago durante uma semana após o desastre, mas com a exceção de uma pequena quantidade de detritos e restos humanos que flutuavam nas águas, nenhuma parte da fuselagem ou destroços do avião foi achada. Além disso, nenhuma explicação jamais foi dada sobre o que causou o acidente.

8. Um Boeing 727 é roubado do aeroporto de Luanda, na Angola


O dia 25 de maio de 2003 foi marcante para o Aeroporto Quatro de Fevereiro, em Luanda, capital da Angola. Neste dia, um avião Boeing 727-223 foi roubado por lá.

O avião, anteriormente pertencente à American Airlines, era propriedade da empresa Aerospace Sales & Leasing, com sede em Miami, Flórida, e tinha sido alugado para a empresa aérea TAAG Angola Airlines no momento de seu desaparecimento. O engenheiro de voo, mecânico de aviões e piloto particular Ben Charles Padilla e seu ajudante John Mikel Mutantu estavam trabalhando com mecânicos angolanos para deixar a aeronave pronta para voar após uma tentativa de negócio não ter dado certo.

Nenhum dos homens presentes no local neste momento era capaz de pilotar o avião: nem Mutantu nem os trabalhadores angolanos eram pilotos e Padilla tinha apenas uma licença de piloto particular. Um Boeing 727 daqueles exige uma tripulação treinada de pelo menos três pessoas.

Depois de Padilla e Mutantu terem embarcado no avião, a aeronave começou a taxiar e a manobrar de maneira irregular, sem comunicação entre a tripulação e a torre de controle. O Boeing 727 decolou com seu transponder (o transmissor de rádio na cabine do piloto) e as luzes apagados. O jato e os dois homens nunca mais foram vistos desde então.

Embora acredite-se que Padilla estava no comando da aeronave. Alguns membros de sua família declararam, na sequência do episódio, que ele tinha sido contratado para reaver o jato depois que a TAAG Angola não conseguiu fazer os pagamentos que deveria, enquanto outros temem que Padilla estava sendo manipulado contra a sua vontade.

7. Um jato transportando militares desaparece sobre o Oceano Pacífico nos primeiros dias da Guerra do Vietnã

Em 16 de março de 1962, o voo 739 foi usado pelos militares dos Estados Unidos para transportar membros do exército estadunidense e vietnamitas da Base Aérea Travis Airforce Base, na Califórnia, até o Vietnã. O avião – naquela época ainda com hélices – chamado Super Constellation contava com 96 passageiros e 11 pessoas da tripulação.

Após reabastecer em Guam, território norte-americano na Micronésia, o avião se dirigiu para a Base Aérea de Clark, nas Filipinas. Mas jamais chegou lá – a aeronave caiu em algum lugar na parte mais ocidental do Oceano Pacífico. Nem os destroços do avião tampouco os corpos de seus ocupantes foram recuperados. Uma hora após a última comunicação por rádio do voo 739, um navio-tanque Standard Oil relatou uma explosão no céu.

Foi sabotagem? Um míssil que atingiu o avião? Problemas de motor? Ninguém sabe ao certo. O Conselho de Aeronáutica Civil dos Estados Unidos concluiu, em seu relatório sobre o acidente: “É razoável presumir” que tudo o que aconteceu no voo 739 “aconteceu de repente e sem aviso”. Não foi um relatório dos mais esclarecedores.

6. Líder de uma popular banda de jazz desaparece em um voo sobre o Canal da Mancha

Em 15 de dezembro de 1944, o líder de uma big band (expressão em inglês que denomina um grande grupo instrumental associado ao jazz) Glenn Miller estava no voo que partiu de uma base da Força Aérea Britânica, localizada na Inglaterra, com destino a Paris, onde Miller faria um show. Porém, o avião onde viajava, um Norseman C-64, nunca chegou à capital francesa.

Miller se juntou às tropas britânicas que lutavam na Segunda Guerra Mundial em 1942, no auge de sua popularidade como músico. Aos 38 anos, ele já era velho demais para ser aproveitado no campo de batalha, mas se apresentou voluntariamente ao Exército, na esperança de liderar a banda militar. O Exército o aceitou e ele foi promovido a major dois anos depois, em 1944.

A explicação oficial sobre o desaparecimento de Miller foi a de que o avião enfrentou mau tempo sobre o Canal da Mancha – que separa a França e a Inglaterra – e não conseguiu super as adversidades climáticas. No entanto, diversos rumores surgiram à época para dar conta do ocorrido.

Alguns acreditavam que o avião tinha sido abatido por um esquadrão da morte alemão, enquanto outros acreditavam que a aeronave conseguiu aterrissar em Paris, mas Miller teria sido assassinado por um policial militar parisiense. A teoria mais louca, no entanto, veio de um jornalista alemão na década de 1990. Segundo ele, Miller teria morrido em decorrência de um ataque cardíaco nos braços de uma prostituta francesa e as forças armadas norte-americanas fizeram de tudo para encobrir o episódio.

Uma outra explicação – e talvez a mais provável – veio de um navegador das focas aéreas britânicas, Fred Shaw, que afirmou ter visto o avião de Miller se envolver em um acidente de “fogo amigo”, enquanto algumas bombas estavam sendo descartados após um ataque abortado na Alemanha.

5. Uma aeronave DC-4 com membros do exército dos EUA desaparece no Alasca


Um jato DC-4 da companhia aérea Canadian Pacific Air Lines desapareceu na rota entre Vancouver, no Canadá, e Tóquio, no Japão, no dia 21 de julho de 1951. Quando o avião estava a uma distância de uma hora e meia de Anchorage, no Alasca, onde havia feito uma escala, o DC-4 teve a infelicidade de encontrar mau tempo em seu caminho.

Houve chuva forte, condições de gelo e a visibilidade era de apenas 500 pés (pouco mais de 150 metros). Este foi o último relatório da aeronave e a última vez que alguém jamais ouviu falar do avião e dos tripulantes e passageiros. Apesar da extensa busca por vestígios que foi realizada, nada jamais foi encontrado. Estavam presentes na aeronave 6 membros da tripulação, todos naturais do Canadá, e 31 passageiros – muitos membros civis das forças armadas norte-americanas.

4. Um avião viajando a partir do meio do Pacífico com destino a Los Angeles desaparece após comunicar problemas no motor


Em 1964, 15 anos antes do desastre com o voo 967 da Varig, um avião de transporte DC-4 que levava nove passageiros também desapareceu enquanto rumava a Los Angeles (ver tópico 2). A aeronave em questão havia levantado voo na Ilha de Wake, no meio do Oceano Pacífico. A última transmissão, feita por meio do sistema de rádio do avião, foi realizada a aproximadamente 500 km a sudoeste de Los Angeles. Na ocasião, o piloto comunicava problemas no motor, o que deve ter sido a causa do acidente.

Apesar das autoridades saberem, devido à comunicação do comandante, que havia algo de errado com o motor, não foi possível encontrar nenhum vestígio dos DC-4 ou seus passageiros. Os pesquisadores da Marinha chegaram a identificar uma mancha de óleo no oceano e algumas testemunhas afirmaram ter visto uma cauda de avião afundando no mar, mas nenhuma dessas pistas vingou.

3. Um esquadrão de cinco aviões desaparece sobre o Triângulo das Bermudas – e o avião que deveria resgatá-los também some


No dia 5 de dezembro de 1945, cinco aviões de combate da Marinha dos Estados Unidos partiram da base naval de Fort Lauderdale, no estado da Flórida, para um voo-treino de navegação sobre a água. Os cinco aviões e os 14 homens que viajavam nas aeronaves desapareceram na região do Triângulo das Bermudas.

Após duas horas de voo, o líder do esquadrão (chamado “voo 19″) relatou que suas bússolas tinham falhado e sua posição no momento era desconhecida. Os outros aviões também relataram falhas similares. Depois disso, foram mais duas horas de mensagens confusas, a última sendo do líder do esquadrão convocando seus homens a abandonarem seus aviões porque eles estavam ficando sem combustível.

Uma hora depois, outro avião da Marinha norte-americana decolou com uma equipe de 13 homens em uma missão de busca e salvamento do esquadrão que havia acabado de desaparecer. Esta aeronave também sumiu. Um navio petroleiro que navegava pela costa da Flórida relatou ter visto uma explosão 20 minutos após o avião que deveria realizar o salvamento ter decolado.

Na sequência do desaparecimento dos seis aviões, centenas de navios e aeronaves fizeram buscas em uma área que abrangia quilômetros quadrados sobre o Oceano Atlântico, o Golfo do México e até mesmo partes remotas da Flórida, mas nenhum vestígio do voo 19 ou do avião de resgate jamais foi encontrado.

2. Avião de carga da brasileira Varig desaparece transportando 1 milhão de dólares em obras do artista Manubu Mabe


No dia 30 de janeiro de 1979, um avião de carga da companhia aérea brasileira Varig desapareceu apenas meia hora depois da decolagem do Aeroporto Internacional de Narita, em Tóquio. A aeronave tinha como destino direto Los Angeles, onde outra tripulação assumiria o resto da viagem até o Rio de Janeiro. No Boeing 707 do voo 967 eram transportadas 153 pinturas do artista nipo-brasileiro Manubu Mabe, no valor estimado de 1,2 milhão de dólares (sem correção – cerca de R$ 2,78 mi).

O último contato com as torres de comando em solo japonês foi feito enquanto o avião sobrevoava o Oceano Pacífico, a 500 km do litoral do Japão. Os responsáveis perceberam que havia algo de errado quando o comandante Gilberto Araújo não realizou a comunicação prevista para meia hora depois.

Araújo, a propósito, havia sido condecorado na França devido a manobras realizadas que conseguiram minimizar um acidente, seis anos antes, envolvendo outro Boeing 707. Na ocasião, Araújo foi capaz de aterrissar o avião completamente tomado por um incêndio que se iniciou devido a uma bituca de cigarro no lixo do banheiro nas imediações de Paris, destino final do voo. 123 passageiros morreram asfixiados por causa da fumaça e apenas o próprio piloto, 9 membros da tripulação e um único passageiro sobreviveram.

Voltando ao mistério do Varig 967, o avião, as pinturas e todos os seis tripulantes continuam desaparecidos até hoje. Por conter obras de arte valiosas, considerou-se na época a hipótese de que a aeronave havia sido vítima de um sequestro a mando de colecionadores de arte. Porém, nenhuma das obras reapareceu desde então.

Dentre as teorias mais aceitas, está a de que o avião sofreu uma despressurização na cabine logo após ter alcançado a altitude de cruzeiro, o que teria sufocado a tripulação. A aeronave teria voado durante horas no piloto automático até eventualmente ficar sem combustível e cair em algum lugar muito distante das áreas onde as buscas foram conduzidas, o que explicaria o porquê de nunca se ter achado os corpos da tripulação ou partes da fuselagem.

Mais de um ano depois do acidente, o jornal Folha de S. Paulo informou que a Varig ainda não tinha a “mínima ideia do que poderia ter ocorrido com o avião”. “Nem a empresa nem as autoridades forneceram detalhes sobre seu desaparecimento, que depois das fracassadas buscas foi esquecido”, afirmava o jornal. “É uma incógnita. Ele vinha dando a posição certa e depois sumiu, apagou. Não deu mais notícia”, informou o comandante Zoroastro à Folha na época. “Ficamos muito chateados. E não se chegou a conclusão nenhuma”.

1. Amelia Earhart desaparece sobre o Pacífico durante sua tentativa de dar a volta ao mundo

O desaparecimento da pioneira da aviação e escritora Amelia Earhart (os mais novos devem se lembrar de sua participação como a mocinha no filme “Uma Noite no Museu 2”) é talvez o mistério mais duradouro e conhecido na história da aviação. Amelia foi a primeira aviadora a cruzar o Oceano Atlântico sozinha. Em 2 de junho de 1937, sua aeronave Lockheed Electra desapareceu durante uma tentativa fracassada de dar a volta ao mundo pelo ar. O avião onde ela e o navegador Fred Noonan viajavam desapareceu perto da Ilha de Howland, no meio do Oceano Pacífico.

A Marinha e a Guarda Costeira dos Estados Unidos (em conjunto com o marido de Amelia, George Putnam) começaram imediatamente uma força-tarefa para encontrá-los, mas mesmo com o que de mais avançado exista de aparato tecnológico da época, nenhum vestígio dos aventureiros ou da aeronave jamais foram encontrados. O governo dos EUA concluiu oficialmente que Earhart e Noonan foram incapazes de localizar a Ilha de Howland e simplesmente ficaram sem gasolina.

Entretanto, assim como no caso mais recente do voo 370 da Malaysia e em todos os mistérios da aviação citados aqui, teorias ainda persistem. Alguns acreditam que Amelia era uma agente secreta que foi obrigada, devido a problemas técnicos, a pousar em uma ilha ocupada por japoneses e foi feita prisioneira. Outros acreditam que ela conseguiu voltar para os Estados Unidos, onde mudou de nome e viveu uma vida tranquila e anônima.

No entanto, há evidências convincentes de que o avião onde estava Amelia e seu parceiro de voo Noonan sofreu um acidente, mas conseguiu pousar em uma ilha desabitada chamado Nikumaroro. Os dois teriam se tornado náufragos, bem ao estilo do filme do ano 2000 com Tom Hanks. Uma equipe chamada International Group for Historic Aircraft Recovery (TIGHAR na sigla, algo como “Grupo Internacional para a Recuperação Histórica de Aeronaves”, em tradução livre) tem investigado a ilha desde 1989 e reuniu artefatos consistentes que seriam de Amelia e de seu avião. A equipe encontrou diversos objetos, incluindo ossos humanos, estojo de maquiagem, pedaços de sapatos e um pote que parece ter contido creme para acne. As investigações continuam.


Fonte: Hypescience.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O surgimento da vida é um evento raro ou algo inevitável?

Por que a vida existe? Hipóteses populares creditam o feito a uma sopa primordial, um relâmpago e um golpe colossal de sorte. Mas se uma nova teoria provocativa estiver correta, a sorte pode ter pouco a ver com isso. Em vez disso, de acordo com o físico que propõe a ideia, a origem e evolução subsequente da vida segue as leis fundamentais da natureza e “deveria ser tão pouco surpreendente como rochas rolando ladeira abaixo”.



Do ponto de vista da física, há uma diferença essencial entre os seres vivos e aglomerados de átomos de carbono inanimados: os primeiros tendem a ser muito melhores em captar a energia do seu ambiente e dissipar essa energia na forma de calor. Jeremy England, um professor assistente no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA), de 31 anos, derivou uma fórmula matemática que ele acredita que explica essa capacidade.

A fórmula, com base na física estabelecida, indica que, quando um grupo de átomos é impulsionado por uma fonte externa de energia (como o sol ou um combustível químico) e rodeado por um banho de calor (como o oceano ou atmosfera) muitas vezes, aos poucos, ele se reestrutura a fim de dissipar cada vez mais energia. Isto poderia significar que, sob certas condições, a matéria inexoravelmente adquire o atributo físico chave associado com a vida.

“Você começa com um grupo aleatório de átomos, e se você brilhar uma luz sobre ele por muito tempo, não deve ser tão surpreendente que você obtenha uma planta”, disparou England em entrevista à revista “Quanta”.

A teoria da England pretende fundamentar, ao invés de substituir, a teoria da evolução de Darwin pela seleção natural, que fornece uma descrição poderosa da vida ao nível dos genes e populações. “Eu certamente não estou dizendo que as ideias darwinistas estão erradas”, explicou. “Pelo contrário, estou apenas dizendo que do ponto de vista da física, você pode chamar a evolução darwiniana de um caso especial em um fenômeno mais geral”.

Sua ideia, detalhada em um artigo recente e em uma palestra que ele está dando em universidades ao redor do mundo, gerou polêmica entre seus colegas.

England deu “um passo muito corajoso e muito importante”, disse Alexander Grosberg, professor de física na Universidade de Nova York (EUA), que tem acompanhado o trabalho do cientista desde seus estágios iniciais. A “grande esperança” é que ele tenha identificado o princípio físico subjacente dirigindo a origem e evolução da vida, relata Grosberg.

“Jeremy é o mais brilhante jovem cientista com quem eu já me deparei”, elogiou Attila Szabo, um biofísico no Laboratório de Química Física do Instituto Nacional de Saúde (EUA), que se correspondeu com England sobre sua teoria após conhecê-lo em uma conferência. “Fiquei impressionado com a originalidade das ideias”.

Outros, como Eugene Shakhnovich, um professor de química, biologia química e biofísica da Universidade de Harvard (EUA), não estão convencidos. “As ideias de Jeremy são interessantes e potencialmente promissoras, contudo neste momento são extremamente especulativas, especialmente quando aplicadas a fenômenos da vida”, pondera Shakhnovich.

Os resultados teóricos de England são considerados válidos de forma geral. É a sua interpretação – que sua fórmula representa a força motriz por trás de uma classe de fenômenos na natureza que inclui a vida – que ainda não foi provada. Mas já há ideias sobre como testar essa interpretação no laboratório.

“Ele está tentando algo radicalmente diferente”, explica Mara Prentiss, professora de física na Universidade de Harvard que está contemplando tal experimento depois de aprender sobre o trabalho de England. “Eu acho que ele tem uma ideia fabulosa. Certo ou errado, a investigação vai valer muito a pena”.

No coração da ideia de England está a segunda lei da termodinâmica, também conhecida como a lei da entropia crescente ou “flecha do tempo”. As coisas quentes esfriam, o gás se difunde através do ar, ovos são mexidos, mas nunca espontaneamente se separam. Em suma, a energia tende a se dispersar ou espalhar-se com o tempo. Entropia é uma medida desta tendência, quantificando o quão dispersa a energia está entre as partículas num sistema, e o quanto as partículas estão difusas no espaço. Ela aumenta como uma simples questão de probabilidade: há mais maneiras da energia ser espalhada do que ser concentrada.

Assim, à medida que partículas em um sistema se movimentam e interagem, elas vão, por puro acaso, tender a adotar configurações em que a energia se espalha para fora. Eventualmente, o sistema chega a um estado de entropia máxima chamado “equilíbrio termodinâmico”, no qual a energia é distribuída de maneira uniforme. Uma xícara de café e a sala no qual está localizada ficam com a mesma temperatura, por exemplo. Enquanto o copo e o quarto são deixados em paz, este processo é irreversível. O café nunca aquece espontaneamente de novo porque as probabilidades são esmagadoramente empilhadas contra a possibilidade da energia do quarto concentrar aleatoriamente em seus átomos.

Embora a entropia deva aumentar ao longo do tempo em um sistema isolado, ou “fechado”, um sistema “aberto” pode se manter baixa – ou seja, a energia divide de forma desigual entre os seus átomos -, aumentando grandemente a entropia de seus arredores. Em sua influente monografia de 1944, “O que é vida?”, o eminente físico quântico Erwin Schrödinger argumentou que isso é o que os seres vivos devem fazer. Uma planta, por exemplo, absorve luz solar extremamente enérgica, a utiliza para construir os açúcares, e ejeta a luz infravermelha, uma forma muito menos concentrada de energia. A entropia total do universo aumenta durante a fotossíntese à medida que a luz solar se dissipa, assim como a planta previne-se da decomposição através da manutenção de uma estrutura interna ordenada.

A vida não viola a segunda lei da termodinâmica, porém até recentemente os físicos não tinham sido capazes de usar termodinâmica para explicar por que ela deve surgir, em primeiro lugar. Nos dias de Schrödinger, eles poderiam resolver as equações da termodinâmica somente para sistemas fechados em equilíbrio. Na década de 1960, o físico belga Ilya Prigogine fez progressos ao prever o comportamento de sistemas abertos fracamente impulsionados por fontes de energia externas (pelo qual ganhou o Prêmio Nobel de Química em 1977). Mas o comportamento de sistemas que estão longe do equilíbrio, os quais estão ligados ao meio ambiente exterior e fortemente impulsionados por outras fontes de energia, não poderia ser previsto.

Esta situação mudou na década de 1990, devido, principalmente, ao trabalho de Chris Jarzynski, agora na Universidade de Maryland (EUA), e Gavin Crooks, agora no Laboratório Nacional Lawrence Berkeley (EUA). Jarzynski e Crooks mostraram que a entropia produzida por um processo termodinâmico, tais como o arrefecimento de uma xícara de café, corresponde a uma razão simples: a probabilidade dos átomos de sofrer o processo dividido pela sua probabilidade de sofrer o processo inverso (isto é, interagindo espontaneamente, de tal maneira que o café aquece). Com o aumento de produção de entropia, o mesmo acontece com esta relação: o comportamento de um sistema torna-se mais e mais “irreversível”. A fórmula simples, ainda que rigorosa poderia, em princípio, ser aplicada a qualquer processo termodinâmico, não importa o quão rápido ou longe do equilíbrio. “Nossa compreensão da mecânica estatística longe do equilíbrio melhorou muito”, conta Grosberg.

England, que é formado em bioquímica e física, começou seu próprio laboratório no MIT há dois anos e decidiu aplicar o novo conhecimento da física estatística para a biologia.

Usando formulação de Jarzynski e Crooks, ele derivou uma generalização da segunda lei da termodinâmica, que vale para sistemas de partículas com certas características: os sistemas são fortemente impulsionados por uma fonte de energia externa, como uma onda eletromagnética, e podem despejar calor em um banho circundante. Esta classe de sistemas inclui todas as coisas vivas. England, então, determinou como esses sistemas tendem a evoluir ao longo do tempo à medida que aumentam a sua irreversibilidade. “Podemos mostrar de forma muito simples a partir da fórmula que os resultados evolutivos mais provavelmente vão ser os que absorveram e dissiparam mais energia a partir de unidades externas do ambiente no caminho para chegar lá”, disse ele. A descoberta faz um sentido intuitivo: partículas tendem a dissipar mais energia quando ressoam com uma força motriz, ou movem-se na direção em que estão sendo empurradas, e são mais propensas a se mover nessa direção do que qualquer outra em qualquer momento.

“Isso significa que aglomerados de átomos cercados por um banho em alguma temperatura, como a atmosfera ou o oceano, devem tender ao longo do tempo a organizarem-se para ressoar cada vez melhor com as fontes de trabalho mecânico, eletromagnético ou químico em seus ambientes”, explicou England.

A autorreplicação (ou reprodução, em termos biológicos), o processo que leva à evolução da vida na Terra, é um tal mecanismo pelo qual um sistema pode dissipar uma quantidade crescente de energia ao longo do tempo. Como England colocou, “uma ótima maneira de dissipar mais é fazer mais cópias de si mesmo”.

Em um artigo de setembro no periódico “Journal of Chemical Physics”, ele informou o valor mínimo teórico de dissipação que pode ocorrer durante a autorreplicação das moléculas de RNA e células bacterianas, e mostrou que está muito próximo dos valores reais que estes sistemas dissipam ao replicar. Também mostrou que o RNA, o ácido nucleico que muitos cientistas acreditam que serviu como o precursor para a vida baseada em DNA, é um material de construção particularmente barato. Uma vez que o RNA surgiu, ele argumenta, a sua “tomada darwiniana” não foi, talvez, surpreendente.

A química da sopa primordial, mutações aleatórias, geografia, eventos catastróficos e inúmeros outros fatores contribuíram para os detalhes da diversidade de flora e fauna da Terra. Entretanto, de acordo com a teoria de England, o princípio subjacente à condução de todo o processo é a adaptação orientada à dissipação da matéria.

Este princípio se aplica à matéria inanimada também. “É muito tentador especular sobre que fenômenos da natureza podemos agora abrigar sob esta grande tenda de organização adaptativa movida pela dissipação”, confessou England. “Muitos exemplos poderiam apenas estar bem debaixo do nosso nariz, mas porque não temos olhado para eles, não os notamos”.

Os cientistas já observaram a autorreplicação em sistemas não vivos. Segundo a nova pesquisa liderada por Philip Marcus, da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA), e relatada na revista “Physical Review Letters” em agosto passado, vórtices em fluidos turbulentos replicam-se espontaneamente sugando a energia de cisalhamento do fluido circundante. E em um artigo publicado online na semana passada no portal “Proceedings of the National Academy of Sciences”, Michael Brenner, professor de matemática e física aplicada na Universidade de Harvard, e seus colaboradores apresentaram modelos teóricos e simulações de microestruturas que se autorreplicam. Estes aglomerados de microesferas especialmente revestidas dissipam energia ao forçar esferas próximas a formar agrupamentos idênticos. “Isto se conecta muito com o que Jeremy está dizendo”, afirma Brenner.

Além da autorreplicação, maiores organizações estruturais são outro meio pelo qual os sistemas fortemente impulsionados incrementam sua capacidade de dissipar energia. A planta, por exemplo, é muito melhor na captura e roteamento de energia solar através de si mesma do que uma pilha de átomos de carbono não estruturados. Assim, England argumenta que, sob certas condições, a matéria irá espontaneamente se auto-organizar. Esta tendência pode explicar a ordem interna dos seres vivos e de muitas estruturas inanimadas também. “Flocos de neve, dunas de areia e vórtices turbulentos todos têm em comum o fato de serem estruturas surpreendentemente padronizadas que surgem em sistemas de muitas partículas impulsionados por algum processo de dissipação”, especula. Condensação, vento e uma draga viscosa são os processos relevantes nestes casos particulares.

“Ele está me fazendo pensar que a distinção entre vida e matéria inanimada não é nítida”, revelou Carl Franck, um físico biológico na Universidade de Cornell (EUA). “Estou particularmente impressionado com esta noção quando se considera sistemas tão pequenos como circuitos químicos envolvendo algumas biomoléculas”.

A ideia ousada da England provavelmente enfrentará um exame minucioso nos próximos anos. Ele está atualmente executando simulações de computador para testar sua teoria de que os sistemas de partículas adaptam as suas estruturas para se tornarem melhores na dissipação de energia. O próximo passo será a realização de experimentos em sistemas vivos.

Prentiss, que dirige um laboratório de biofísica experimental na Universidade de Harvard, diz que a teoria de England poderia ser testada comparando células com mutações diferentes e procurando uma correlação entre a quantidade de energia que as células dissipam e as suas taxas de replicação. “É preciso ter cuidado, porque qualquer mutação poderia fazer muitas coisas”, reflete a pesquisadora. “Contudo, se alguém fizesse muitos desses experimentos em sistemas diferentes e se [a dissipação e sucesso de replicação] forem de fato correlacionados, isto sugeriria que este é o princípio de organização correto”.

Brenner disse que espera ligar a teoria de England às suas próprias construções de microesferas e determinar se a teoria prediz corretamente que os processos de autorreplicação e automontagem podem ocorrer – “uma questão fundamental na ciência”, opina.

Ter um princípio fundamental da vida e da evolução daria aos pesquisadores uma perspetiva mais ampla sobre o surgimento da estrutura e funções nos seres vivos. “A seleção natural não explica certas características”, especificou Ard Louis, um biofísico da Universidade de Oxford (Reino Unido). Estas características incluem uma mudança hereditária da expressão dos genes chamada de metilação, o aumento da complexidade na ausência de seleção natural e certas mudanças moleculares que Louis estudou recentemente.

Se a abordagem da England resistir a mais testes, poderia permitir aos cientistas pensar de modo mais geral, em termos de organização orientada pela dissipação. Eles podem descobrir, por exemplo, que “a razão pela qual um organismo mostra característica X em vez de Y pode não ser porque X é mais apto do que Y, mas porque restrições físicas tornaram mais fácil para X evoluir do que para Y”, disse Louis.

“As pessoas muitas vezes ficam presas ao pensar sobre os problemas individuais”, explica Prentiss. Queira as ideias de England venham a ser exatamente certas ou não, diz a cientista, “pensar de forma mais ampla é a forma pela qual muitas descobertas científicas são feitas”.

Fonte: Hypescience.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

24 imagens que só podem ser vistas no espaço

Poucas coisas são tão bonitas quanto ver o mundo através de novas perspectivas. Ainda mais ao se deparar com uma dessas 24 belas imagens que só podem ser vistas para quem vê de cima da Terra, o que torna algumas delas ainda mais belas e misteriosas, por terem sido feitas há mais tempo do que a nossa civilização consegue explicar.

1 - Retrato de Genghis Kan em Ulan Bator (Mongólia)


Esta imagem foi feita durante um festival em 2006.

2 - O homem vitruviano (Da Vinci) e Asterix e Obelix (Alemanha)






Nessa região localizada na Alemanha, havia em 2001 uma versão (extremamente) ampliada do célebre Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci. Anos mais tarde, resolveram trocar a imagem por uma dos personagens de quadrinhos Asterix e Obelix (a segunda foto foi tirada em 2009)

3 - O gigante nu de Cerne Abbas (vilarejo de Dorset, Inglaterra)

 Há poucos dados históricos sobre essa imagem (os registros mais antigos são de 1694). Acredita-se que foi criada na época dos celtas ou dos antigos romanos.

4 - Tabuleiro de xadrez gigante próximo Bad Frankenhausen (Alemanha)


 

Em 2009, a jogadora de xadrez número 1 da Alemanha, Elisabeth Pähtz, foi desafiada por uma comunidade virtual de jogadores. A partida foi “disputada” nesse tabuleiro gigante, que mede 400m x 400m.

 5 - As Insígnias de Fovant (Inglaterra)


Essas imagens foram criadas por soldados durante a I Guerra Mundial, nos anos de 1916 e 1917. Do total, 19 acabaram destruídas.

6 - Figuras gravadas em pedra próximo à província de Palta (Peru)


 Essas gravuras foram feitas por nativos entre 500 e 400 a.C.

7 - Áreas de lançamento de mísseis em Nevada (EUA) e em La Coloma (Cuba)


8 - Violão gigante nos Pampas da Argentina


Com 1 km de comprimento, essa floresta em forma de violão foi feita por Pedro Martin Ureta em homenagem à sua esposa, que faleceu em 1977. É composta por mais de 7 mil eucaliptos.

 9 - “Uma Ilha no Tempo”, próximo ao aeroporto de Munique (Alemanha)”, criada em 1995 por William Holderid

 

 10 - Campina em forma de coração em Wickwar (Reino Unido)


Imagem criada pelo fazendeiro Winston Howes em homenagem à sua esposa, que faleceu há 18 anos. Foi feita com 6 mil mudas de carvalho.

11 - O “Homem Alto de Wilmington”


Não se sabe com certeza quando essa imagem foi criada – alguns dizem que foi durante a Idade do Ferro (1200 a.C. a 1000 d.C., aproximadamente), outros dizem que foi entre os séculos 16 e 17 d.C.

12 - Águia Branca em Whitehawk, subúrbio de Brighton (Inglaterra), feita em 2001 por artistas locais

 13 - Mulher Nua, localizada na Sicília (Itália). Foto de 2005

 14 - A maior impressão digital do mundo (38m de comprimento), localizada no Hove Park, em Brighton (Inglaterra)

 15 - Lago em forma de homem em São Paulo/SP

16 - O maior retrato do mundo, próximo a Erzincan (Turquia)

 


A imagem do primeiro presidente da Turquia, Mustafá Kemal Atatürk, tem 7,5km² e foi feita por 3 mil soldados e preservada durante um mês.


17 - O Cavalo Branco de Alton Barnes, feito em 1812

18 - Imagem de águia próxima ao Camp San Luis Obispo, na Califórnia (EUA)

 

19 - O “maior” poema do mundo (3,15km de comprimento), “Ni pena ni miedo”, escrito no Deserto do Atacama (Chile)


  O poema original foi escrito Raúl Zurita, torturado durante a ditadura de Augusto Pinochet.

20 - Espiral dourada em Marrocos



Essa imagem foi feita pelo artista Hannsjörg Voth em parceria com o arquiteto Peter Richter entre 1992 e 1997

21- Mapa-mundi no Lago Klejtrup (Dinamarca), construído entre 1944 e 1969 por Søren Poulsen




22 - Animal selvagem em estilo pré-histórico em Oxfordshire, na Inglaterra.


23 - Rodolfo, rena de nariz vermelho, próximo a Washington (EUA)


24 - As mais que famosas Linhas de Nazca, no Peru 





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Fonte: Hypescience.